Ana Cristina Gil
Ana Cristina Correia Gil é Professora Associada da Universidade dos Açores (UAc), onde tem lecionado disciplinas nas áreas da Cultura Portuguesa, Jornalismo e Língua Portuguesa. Foi Presidente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (2016-2021) e Diretora da Biblioteca, Arquivo e Museu da UAc (2014-2017). É investigadora do Centro de Humanidades (CHAM). As suas áreas de investigação são a Cultura Portuguesa, a Identidade Nacional, a Teoria da Cultura e os Estudos Insulares. Em 2014, ganhou o Prémio Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão com o ensaio «Diferentes perspetivas sobre a identidade nacional: o caso português».
Email: ana.cc.gil@uac.pt
Ana Paula Aleixo Lopes
Ana Lopes cresceu em São Miguel, onde, já em criança, realizava os próprios filmes e encenava espetáculos com, e para, amigos e colegas. Iniciou o percurso em Teatro pisando muitos dos mais conceituados palcos nacionais, enquanto estudou Direito em Lisboa. Concluiu o Conservatório de Representação para Cinema em Los Angeles, cidade em que se estreou no grande e no pequeno ecrã. Desde então, já deu vida a mais de uma centena de personagens entre Hollywood, Londres e continente e ilhas portuguesas. Embora conte com várias participações em novelas e séries, o seu percurso tem sido mais marcado pelo Cinema Independente, tendo protagonizado dramas premiados internacionalmente, como UMA CIDADE ENTRE NÓS de Maria João Ferreira, ARTUR de Flávio Pires e SEPARAR, de Mainak Dhar. Desempenha também um dos papéis principais em JÁ NADA SEI de Luís Diogo e CAVALEIRO VENTO de Margarida Gil, filmes que acabaram de estrear em Festivais de Cinema. Participou recentemente numa longa metragem da Paramount e numa série da Netflix e estará em cena com TRUE WEST de Sam Shepard em Novembro, em Lisboa. Ana Lopes é ainda a impulsionadora da Islanders Productions, iniciativa que pretende promover os atores açorianos junto de Realizadores e Produtoras nacionais e internacionais.
André Tecedeiro
André Tecedeiro é um poeta português nascido em 1979.
É licenciado em Pintura e em Psicologia e mestre em Artes Visuais e em Psicologia dos RH, do
Trabalho e das Organizações (Universidade de Lisboa).
É autor dos livros Rebento-Ladrão (Tea for One, 2014), Deitar a Trazer (Douda Correria, 2016), O
Número de Strahler (Do Lado Esquerdo, 2018), A Arte da Fuga (Do Lado Esquerdo 2019) e A Axila de
Egon Schiele (Porto Editora, 2020). Este último, reúne os livros anteriores e os poemas dispersos em revistas literárias e antologias e é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura.
A sua poesia está também editada no Brasil e na Colômbia. Como dramaturgo, escreveu Joyeux Anniversaire, para Teatro Meia Volta (2021), e Ensaio, para o Festival PANOS 2023 (TNDMii).
O seu trabalho foi tema de uma sessão do Clube dos Poetas Vivos, (Teatro Nacional D. Maria II, 2019), de uma leitura encenada do ciclo Da Voz Humana (Livraria Ferin, Lisboa, 2019).
www.andretecedeiro.com
Andreia Fernandes
Nasceu a 14 de julho de 1979, em Angra do Heroísmo, onde cresceu.
Viveu em Coimbra, enquanto estudou Jornalismo, na Faculdade de Letras da Universidade (1997-2002). Já de regresso à ilha Terceira realizou, através da Universidade Aberta, Pós-Graduação em Gestão/MBA (2011).
Exerceu Jornalismo na Região, enquanto colaboradora do Jornal Diário Insular (2002-2006), e da RTP-Açores, em que apresentou e coordenou os programas de cariz cultural “Artes e Notícias” (2003-2006) e “Cinco Minutos de Cultura” (2008).
Lecionou a disciplina de Teoria de Sociologia da Comunicação, no Curso Técnico de Biblioteca, da Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo (2002-2004).
Atualmente (e desde 2006) é Responsável de Marketing e Comunicação da empresa Terauto.
Blanca Martin-Calero
Blanca Martín-Calero vive em São Miguel há 17 anos. Nasceu e cresceu em Valladolid, onde estudou Filologia Hispânica. Fez Erasmus em Coimbra, onde começou a sua relação com a ilha. Deu aulas de espanhol vários anos na UAç. Acabado esse ciclo, começou o projeto Araucária Edições, que junta várias paixões: os livros, a literatura, o conhecimento e os Açores. Publicou um livro bilíngue de prosa poética, Neste Mar Imóvel (2019), e o livro infantil Miguel dos Botões (2020). É casada e tem três filhos.
Cães do Mar
"Mas Muito Marquesa", conta a história de Margarida Vitória Borges de Sousa Jácome Correia, personagem micaelense singular, uma mulher, com título de Marquesa, que se assumiu no seio de uma sociedade conservadora. Uma mulher bem integrada no meio cultural português. Tinha uma predileção por homens das artes, em particular da poesia, Armando Côrtes-Rodrigues, seu terceiro marido, e Vitorino Nemésio, o grande amor da sua vida. A peça é baseada no polémico livro "Amores da Cadela Pura". Uma criação da Companhia de Teatro Cães do Mar.
Cláudia Cardoso
Cláudia Cardoso, professora de Língua Portuguesa do ensino secundário, licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, e mestre pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com a tese «Se Bem me Lembro: Uma introdução à crónica televisiva de Vitorino Nemésio», sobre o célebre programa dos anos 70. Foi Deputada Regional, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, Presidente da Comissão dos Assuntos Sociais por duas legislaturas; membro do Governo dos Açores como Secretária Adjunta da Presidência do Governo Regional dos Açores e como Secretária Regional da Educação e Formação. Escritora, cronista, conferencista, participante convidada de diversos orgãos de comunicação regionais. Atualmente exerce a função de Diretora da Biblioteca Pública Luís da Silva Ribeiro, em Angra do Heroísmo.
David Soares
David Soares (Lisboa, 1976). Escritor, historiador, autor de banda desenhada e intérprete de spoken word. Definido pela crítica como sendo «o mais importante escritor português de literatura fantástica». Vencedor de quatro prémios para Melhor Argumentista Nacional, atribuídos por vários festivais de banda desenhada.
Diogo Ourique
Diogo Ourique nasceu em 1991 e é natural da freguesia da Agualva (ilha Terceira). Formado em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra, já trabalhou no Diário Insular, como jornalista e cronista, no Rádio Clube de Angra, como jornalista e locutor, e na Representação da Comissão Europeia em Portugal, como assessor.
Também fez parte da empresa de comunicação NextPower Storysellers, como copywriter e guionista. Vai escrevendo em blogues e noutros suportes do género.
Francisco Afonso Lopes
"Francisco Afonso Lopes (Ponta Delgada, 1993) formou-se em medicina pela Universidade de Coimbra mas nos últimos anos abdicou de escrever notas de alta para escrever guiões. Mais recentemente, co-assinou o guião do mockumentary “Os Últimos Dias de Emanuel Raposo” de Diogo Lima (vencedor Prémio de Melhor Argumento Original pelo Festival Caminhos 2021) e trabalhou como staff writer na segunda série de ficção nacional da Netflix, Rabo de Peixe de Augusto Fraga. Quase sempre tendo os
Açores como cenário literário, já escreveu para banda desenhada, argumentos para telediscos e “tele-concertos”, curtas-metragens de cinema de género e praticamente qualquer outro tipo de desafio que já tenha sido colocado à sua frente."
Gimba
Gimba nasceu em Lisboa, e vive na música desde tenra idade, tendo estudado piano com Maria Luísa Eusébio (aos 6 anos), flauta com Matilde Taveira (aos 8), e guitarra com Duarte Costa (aos 14). Mais tarde teve aulas de canto com a saudosa Cristina Castro.
Músico, autor e produtor, começou a compôr e a escrever canções aos 9 anos, e tornou-se profissional, aos 18. Membro fundador dos Afonsinhos do Condado, e padrinho de baptismo dos Xutos & Pontapés, tocou e gravou também com Os Irmãos Catita, tendo-se depois concentrando principalmente no seu trabalho a solo.
Gravou discos e produziu trabalhos de vários artistas, num leque eclético: José Cid, Mário Laginha, Tim, Vicente da Câmara, Maria de Vasconcelos; As Royalettes, (entre outros) tendo participado em registos discogáficos de Dino Meira, André Sardet, Ena Pá 2000 ou Quinta Do Bill. Na sua mansarda de São Bento (o M.E.M. - Melhor Estúdio do Mundo) gravou cantores tão diferentes como Carlão, Maria Rueff,
Mafalda Luís de Castro, Rui Unas, Ana Bacalhau ou Manuel João Vieira. Foi por três vezes o vencedor do concurso “Grande marcha de Lisboa” (2005, 2013 e 2015). Acompanha e é um dos autores de letras e música da Marcha de São Vicente.
Deu a cara e fez a música para programas de televisão (Pop Off; O Cabaret da Coxa; Estado de Graça; Domingo Especial; Donos Disto Tudo;), e também assinou bandas sonoras de programas humorísticos (“O Programa da Maria”; “Paraíso Filmes”; “O Homem que Mordeu o Cão”), e cinema (“O Crime do Padre Amaro”). Na rádio criou a roupagem musical de “Há Vida em Markl” e “O Homem Qiue Mordeu o Cão” (programas de Nuno Markl) e da “Prova Oral” (de Fernando Alvim - desde 2019 também na RTP1), tendo também feito música para teatro, publicidade, empresas, etc
É cooperador da Sociedade Portuguesa de Autores, onde tem registado um acervo de mais de quatrocentas obras. Amante da escrita, fundou e dirigiu o semanário A Folha da Avenida, escreveu crónicas para o jornal (depois revista) Blitz, assinou uma coluna no Jornal do Sporting, e foi também cronista semanal no jornal A Capital. Estudioso compulsivo das vicissitudes do português europeu na escrita de canções, os seus objectivos passam pela publicação de um livro sobre o tema (o primeiro em língua portuguesa!) e pelo ensino da sua arte, fomentando o gosto pela língua e, claro está, npela escrita. Esse trabalho está patente em alguns vídeos que publicou nas suas páginas de Youtube, Facebook ou Instagram.
Gregory Le Lay
Gregory Le Lay (FR) vive e trabalha em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
Em 2018 cria a galeria /oficina “BRUI”, um espaço onde desenvolve o seu trabalho e convida artistas europeus para exposições pontuais. O lugar oferece também workshops e iniciações as técnicas de impressoes sobre papel (gravura, montípia, linogravura, serigrafia) BRUI e regularmente abastecido com uma selecção de livros de artista, estampagens, graphezine e objetos incomuns.
No seu trabalho, Gregory Le Lay explora varias meios para articular mundos fragmentados e construir assemblages de traços gráficos, objectos ou sons, num jogo dinâmico com arquitectura. As suas exposições atraem o visitante numa relação orgânica com os sinais. As formas que se propõe cruzar são cenários com múltiplas compreensões que questionam a nossa percepção.
Gregory Le Lay explores various media in his work, to articulate fragmented worlds and build assemblages of graphic traces, objects or sounds, in a dynamic game with architecture. He proposes to cross forms that result in scenarios with multiple readings, that make us question our perception.
Guilherme Reis Leite
José Guilherme Reis Leite nasceu em Angra do Heroísmo em 1943. Licenciado pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1968) e doutorou-se em História pela Universidade dos Açores (1994). Como historiador tem-se ocupado de inúmeros aspetos da cultura açoriana, nomeadamente históricos, literários e políticos, em diversas épocas, sendo de destacar aqueles que interessam ao conhecimento do processo autonómico açoriano. Muitos dos seus trabalhos estão também publicados em atas de reuniões científicas, em obras coletivas e em outras de cuja edição se encarregou. Com uma longa carreira política, foi deputado Regional e Nacional, Secretário Regional da Educação e Cultura (1976 e 1980), membro das Assembleias Parlamentares do Concelho da Europa, entre outros.
Isabela Figueiredo
Isabela Figueiredo nasceu em Lourenço Marques, Moçambique, hoje Maputo, em 1963, filha de portugueses oriundos da zona Centro-Oeste de Portugal. Após a independência de Moçambique, em 1975, rumou a Portugal. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Especializou-se em Estudos sobre as Mulheres, na Universidade Aberta. Trabalhou como jornalista, no Diário de Notícias, entre 1988 e 1994, onde foi também coordenadora do suplemento DN Jovem. É professora de português no ensino secundário. Escreveu Conto É Como Quem Diz, obra que recebeu o primeiro prémio da Mostra Portuguesa de Artes e Ideias, em 1988, e Caderno de Memórias Coloniais, publicado em 2009 pela editora Angelus Novus, posteriormente revisto e reeditado pela Caminho em 2015.
José Carlos Barros
José Carlos Barros (Boticas, 1963) é licenciado em Arquitectura Paisagista pela Universidade de Évora. Vive e trabalha no Algarve, em Vila Nova de Cacela. Foi director do Parque Natural da Ria Formosa e da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António. É autor de vários livros de poesia e de três romances. Com o mais recente (As Pessoas Invisíveis, Abril de 2022) recebeu o Prémio LeYa 2021.
José Carlos Frias
Fundada por José Carlos Frias, Albano Pimentel e José Garcia, a Livraria SolMar abriu a 21 de março de 1991, na cidade de Ponta Delgada. É gerida atualmente apenas por José Carlos Frias e Maria Helena Frias. A escolha da data de abertura foi simbólica e arrojada: simbólica porque se assinala o Dia Mundial da Poesia, e arrojada por ter sido uma viragem no conceito de livraria nos Açores, pois criou uma agenda cultural constante com apresentações, lançamentos, debates, tertúlias, vindo dinamizar a esfera pública e intelectual desta cidade até aos dias de hoje.
Pelas sessões culturais desta livraria, sempre na perspetiva de troca de ideias, da divulgação do livro e do gosto pela leitura, e aproximação entre escritores do arquipélago e do continente, passaram por esta casa nomes importantes como — António Lobo Antunes, o Nobel da Literatura José Saramago, José Cardoso Pires, Mia Couto, Urbano Bettencourt, Emanuel Jorge Botelho, Daniel de Sá, Fernando Aires, Dias de Melo, Vamberto Freitas, Álamo de Oliveira, Onésimo Teotónio de Almeida, João de Melo, Mário Mesquita, José Medeiros Ferreira —, bem como figuras das novas gerações da literatura — Joel Neto, João Pedro Porto, Leonardo, Nuno Costa Santos, Maria Brandão, Leonor Sampaio, entre muitos outros escritores açorianos de renome.
Desde sempre que o espaço da livraria viveu numa simbiose entre escritores e artistas plásticos, promovendo inaugurações de exposições, muitas delas nos anos 90.
Luís Banrezes Kitas
Chegou aos Açores em 2006 e, desde essa data, que se revela um verdadeiro agitador e programador de vários espaços culturais. Em 2010, fundou a Yuzin Agenda Cultural “Portugal”, uma agenda independente, inovadora e gratuita das Ilhas de São Miguel e Santa Maria. Em 2012, a convite da RDP-Açores fez parte da equipa fundadora da Antena 3 Açores e, durante 2 anos e meio, trabalhou como radialista e programador de conteúdos de autor. Em 2014, parte para o sul de Espanha para liderar o projeto Ibérico Yuzin Agenda cultural, uma agenda distribuída nas cidades de Palma de Maiorca, Sevilha, Granada, Leon, Ponta Delgada e Santa Maria. Em 2015, regressa aos Açores a convite do Governo dos Açores para integrar o departamento do Centro Regional de Apoio ao Artesanato para desenvolver projetos de residências artísticas. Atualmente, trabalha como consultor, produtor, curador, gestor, programador e agente cultural. É co-fundador do Tremor Festival e co-director dos projetos Europeus Terra Incógnita e EDGE. Fundou a La Bamba Record Store e a Editora Marca Pistola. Trabalha como produtor do festival internacional de cinema de Ponta Delgada - NOMA. É membro fundador da Associação Silêncio Sonoro e da Imprópria – Mostra de Cinema de Igualdade de Género.
Miguel Damião
Tem a Licenciatura em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalha como actor profissional desde 2001. Em televisão participou em novelas como Olhar da Serpente, Mar de Paixão, Amor Maior, Alma e Coração e Terra Brava ou séries como Casos da Vida, Liberdade 21, Maternidade – 2ª temporada, O Último a Sair, Bem-vindos a Beirais, Aqui Tão Longe, O Atentado, Até que a Vida nos Separe e 3 Mulheres - 2ª temporada, ou telefilmes como Bloqueio, O Rapaz do Tambor e O Pio dos Mochos. No Teatro estreou-se, em 2002, com o espectáculo “Mão na Luva”, encenação de António Terra. Trabalhou desde então no Teatro Aberto com João Lourenço, Teatro Municipal de Almada com Joaquim Benite, Artistas Unidos com Jorge Silva Melo, Teatro da Garagem com Carlos Pessoa, Teatro de Cascais com Carlos Avillez, Mala Voadora com Jorge Andrade, Teatro Meridional com Miguel Seabra, Palco 13 com Marco Medeiros, em “O Grande Salão” e “After” de Martim Pedroso, “Luto” e “Inferno” de Rui Neto, “A Grande Estreia” de António Pires, pela UAU, “Uma Mulher sem Importância” de Joaquim Horta, “ A Conquista do Pólo Sul” de Beatriz Batarda, “Conversas Ouvidas por Mero Acaso numa Estação de Comboios” de Teresa Sobral, “O Arranca Corações” de Nuno Nunes, “A Tragédia de Júlio César” de Luís Araújo e produziu e co-encenou “Tu de quem és?”. Em cinema trabalhou com Kristjan Knigge em “The Right Juice”, “Snu” de Patrícia Sequeira, “Between Waves” de Virginia Abramovich, “Sombras Brancas” de Fernando Vendrell.
Manuel Fúria
Na maior parte das vezes Manuel Fúria utiliza o texto e as fórmulas mais associadas à música e à cultura popular para inscrever a sua visão sobre alguns dos temas que vão persistindo ao longo do seu trabalho: Portugal, o desenraizamento, o absoluto, a morte. Às vezes épico, tendencialmente melancólico.
Maria Brandão
Natural de Ponta Delgada. Licenciada em Estudos Portugueses e Ingleses e Pós-graduada em Assessoria Linguística e Tradução. Autora de Corpo Triplicado (2018) e Enlouquecer é Morrer numa Ilha (2020), publicados pela Companhia das Ilhas, e de Talho (2019), publicado na colectânea de contos Avenida Marginal I da Artes e Letras.
Maria das Mercês Pacheco
Completou licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, Estudos Portugueses e Ingleses, na Universidade dos Açores. Nessa altura, trabalhou como guia, monitora de inglês e fez parte do grupo de teatro.
Em Lisboa, entre 1987 e 1995, trabalhou como copywriter e relações públicas em multinacionais.
De volta à ilha, e depois de uns anos de marketing na MKM-McCann e como independente, expandiu para áreas como o ensino de inglês, tradução, turismo, relações públicas, causas pro bono. E, sempre, a leitura e a escrita.
Foto de Rui Soares
Nuno Artur Silva
Nasceu em Lisboa, no dia 5 de outubro de 1962.
Passou a sua infância e juventude entre os bairros de Campolide, onde vivia, e Campo de Ourique, onde frequentou a Escola Preparatória Manuel da Maia e o Liceu Pedro Nunes.
Era para seguir Ciências (talvez mesmo Engenharia) mas, já no Ano Propedêutico, uma pergunta da irmã revelou-se pertinente: “Passas o tempo a ler e a escrever, a ouvir música e a ir ao cinema, e vais ser engenheiro?” Foi para Letras.
Continuou a fazer o que passava o tempo a fazer e, entretanto, ficou licenciado em Línguas e Literaturas Modernas – Português e Inglês, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Logo no início dos anos 80 tinha iniciado actividades artísticas nas áreas do teatro e da poesia ligado a grupos alternativos de inspiração vagamente anarquista. Mas alternativamente a essas actividades (e de forma vagamente anárquica) escrevia sketches e guiões para programas de humor de televisão, que acabavam por nunca se concretizarem.
Foi professor de Português no Ensino Secundário. Deu aulas em Lisboa e na sua periferia. Gostou muito.
Os Perdedores
Estreia em concerto e lançamento nacional do novo projecto musical de Manuel Fúria.
“Os Perdedores” é o disco de uma banda de quem já teve uma banda. É nessa contradição que se cumpre e se transcende.
Reúne um punhado de canções de um rockeiro que adere à electrónica para dizer o tempo das guitarras. Uma electrónica sem heroísmos, que, ela nprópria, homenageia um ncânone. Quase como um paradoxo, o sentido é o de densificar e convocar sombras. Para depois voltar a uma possibilidade, assente na glória de perder.
Músicas de quem já foi “o maior” e quer purgar a soberba e outros deslumbres. Canções de quem aceitou a escultura do tempo e procura formas de salvação possível ao gritar o nome dos amigos naufragados ou ao lembrar a infância, dividida entre a cidade e as serras, de “um menino de seu pai”.
"Os Perdedores" é o melhor título para um álbum musical-conceptual concretizado num tempo em que o triunfo mentiroso é o fetiche dominante. A autoria né apagada para dar lugar ao nescândalo do anonimato.
Patrícia Carreiro
Formada em Comunicação Social e Cultura, pela Universidade dos Açores, Patrícia Carreiro tem como paixão os livros: lidos ou escritos. Já publicou os títulos A Distância que nos uniu (2009, Edições Macaronésia), Amizade a branco e preto (2011 Publiçor e 2022 Letras Lavadas), O fio perdido (2013, Pastelaria Studios Editora), Os limites do coração (2016 Letras Lavadas) e Açores e uma caça ao sonho americano (2019 Associação de Emigrantes Açorianos).
Enquanto jornalista já passou pela RDP e RTP Açores, Açoriano Oriental, Expresso das Nove, JornalDiário.com, Correio dos Açores, Atlântico Expresso e Açorianíssima.
Foi representante da Chiado Editora e da Pastelaria Studios Editora nos Açores, bem como diretora editorial do site online 9idazoresnews.com.
Atualmente, é Diretora da Livraria Letras Lavadas e, através deste projeto livreiro, desenvolve os podcast’s Há conversas na Livraria e o Poeta da Minha Vida.
Pedro Almeida Maia
Pedro Santos
Estudou Cultura e Comunicação na faculdade de Letras de Lisboa, o que considera uma nota de rodapé na sua existência artística e criativa.
Nutre uma paixão orgânica pelos recantos mais insólitos da cultura, das quais fala entusiasticamente sem ninguém sequer lhe perguntar.
Condenado a uma neurose musical, que se tem vindo a manifestar em diversos projectos de punk rock e heavy metal, desde os 16 anos, gerida terapeuticamente com a gravação de vários discos e actuações em diversas partes do país. Fiel servo da música, cinema e literatura, aos quais dedicou sempre demasiado tempo, mas finalmente tira partido disso, profissionalmente, desde 2019.
É produtor na Alga Viva Produções, com Nuno Costa Santos e Sara Leal, quem ele considera os seus tios da cultura.
Renato Filipe Cardoso
Nasceu em Anadia, Aveiro, em 1971. Jornalista de formação e carreira, exerceu exclusivamente a profissão durante mais de 12 anos, sendo actualmente jornalista e apresentador de televisão na área da Música, locutor comercial, promotor de eventos culturais, mormente de Poesia, micro editor e dizedor profissional. Como poeta integra várias antologias e revistas literárias, nacionais e estrangeiras, e publicou onze volumes de Poesia.
Como dizedor tem estreitas ligações ao mítico Pinguim Café (Porto) e às Quintas de Leitura do Teatro Municipal do Porto, mantendo vários projectos activos, entre os quais a performance satírica Missa MalDita e o colectivo Stand-up Poetry.
BIBLIOGRAFIA POÉTICA:
- Aprendiz de Dourado, Texto Sentido, 2012, colecção Solidão Sincronizada (500 ex.) — obra finalista do Prémio Literário Correntes d'Escritas 2015; (esgotado)
- Cavalo de Troika, Texto Sentido, 2013, colecção Solidão Sincronizada (500 ex.); (esgotado)
Máquina-de-lavar-corações, Texto Sentido, 2014, colecção Solidão Sincronizada (500 ex.); - Yuki-onna Blues, Douda Correria, 2014 (300 ex.); (esgotado)
- Causas da Decadência de um Povo no Seu Lar (co-autoria com João Rios, Pedro Teixeira Neves e Rui Tinoco), Insubmisso Rumor, 2015 (300 ex.);
- Canibalírico, Texto Sentido, 2015, colecção
- Apocalírica (500 ex.);
- Estamina (para a Máquina-de-lavar Dióspiros) (co-autoria com Daniel Maia-Pinto Rodrigues), Texto Sentido, 2015, colecção Apocalírica (500 ex.);
- Geração Descartável, Texto Sentido, 2015, colecção Quase Dito (200 ex.);
- Os Cães Ladram às Cartas de Amor, Insubmisso
- Rumor, 2016 (300 ex.);
- Absolverso [pray-station], Clube de Criativos de
- Portugal, 2017 (200 ex.); (esgotado)
- Ministério da Solidão, Texto Sentido, 2020, colecção Solidão Sincronizada (500 ex.).
Richard Zenith
O Fernando que se tornou o Pessoa
Richard Zenith—tradutor da poesia lusófona para o mundo anglófono, especialista em Fernando Pessoa e autor de Pessoa: Uma Biografia—vai falar sobre a infância e adolescência de Fernando Pessoa e de como a criança perdurou no adulto. Perguntas da plateia sobre qualquer aspecto da vida e obra do poeta serão bem-vindas.
Norte-americano de origem e português por adopção, Richard Zenith é um free-lancer que se dedica à escrita, à investigação e à tradução. Especialista em Fernando Pessoa, organizou numerosas edições da sua obra, entre as quais o Livro do desassossego e Obra essencial de Fernando Pessoa (em 7 volumes). É autor de Pessoa: A Biography (2021) e co-autor de Fotobiografias – século XX: Fernando Pessoa (2008). Do seu trabalho como tradutor de português para inglês destacam-se seis livros de Pessoa, a lírica de Camões e antologias da poesia de Sophia de Mello Breyner, João Cabral de Melo Neto e Carlos Drummond de Andrade. É ainda autor de poesia dispersa e de um livro de contos, Terceiras Pessoas (2003).
Roberto Borges
O meu nome é Roberto João Borges, nasci no dia 30 de Outubro de 1976 na cidade de Toronto, Canada.
Três anos mais tarde vim para Portugal com os meus pais, João Martins Borges e Lúcia de Fátima Pires Borges.
Habilitações literárias: 12º ano de escolaridade
Profissão:
Técnico Prático de abastecimento de aeronaves.
Social/artístico:
- 1983- Aos sete anos de idade participei na peça de Natal da Escola Primária do Porto Judeu.
- 1986- Bailinho da Escola Preparatória de Angra do Heroísmo.
- Desde então participei em sete danças de espada e dezassete bailinhos de Carnaval.
- Como dançarino (5) personagem (18) mestre (1) músico (1) músico/personagem (3).
- 1994- Integrei no Grupo de Teatro/Revista do Sporting Clube “Os Leões”.
- Produção e realização de espectáculos cómico/musicais:
- 1997- “O Rei Vai Nu” 1999- “A Máquina dos Artistas” 2001- “O Malhão da Cultura” 2002- “Best of” 2003- “Academia SuperStar” 2004- “A Máquina dos Artista II”
- Em 2000 escrevi o meu primeiro bailinho de Carnaval “O Herói” 2001- “O Último Ratão” 2002- “Os Batão vão à Ilha do Amor” 2003-“ Uma história das Arábias” 2004- “A Revolução das Vacas” 2005- “A Máfia está em todo o lado” 2006- “De Ladrões a Super Heróis” 2008- “A corda é pior do que o touro” 2009- “Meia Dança de Pandeiro” 2013- “Bota massa”2014- “Academia de políticos” 2015- “Azar da blica” 2017 “Fala quem sabe” 2019- “A sogra” 2020- “Para a América é que a comédia vai”.
- Durante 3 anos escrevi 21 bailinhos para outros grupos de carnaval.
- Escritor, Produção e realização do programa diário da Rádio Clube de Angra “A pata na poça”.
- Escrevi 23 rábulas para teatro de variedades/revista à portuguesa.
- Frequentei o curso de Guitarra clássica 3º grau no Conservatório Regional de Angra do Heroísmo.
- De 2004 até 2010 – Actor, guionista e realizador do programa da RTP Açores “Fala Quem Sabe”.
- De 2004 a 2022 Actor, escritor e encenador de cinco peças de teatro “Fala Quem Sabe”.
- Em 2009 participação como ator sob a direção da atriz Maria do Céu Guerra, no audiolivro “Terra dos Bravos” de Carlos Enes.
- Escuteiro de 1986 a 2010 C.N.E Agrupamento 139 – Porto Judeu
- Membro da comissão de Festas das Sanjoaninas 2002
- Membro da comissão de Festas do Porto Judeu 1997
- Praticante de Futebol e Golfe.
Rui Guedes
Escritor, autor dos livros infantis “Ri o Joaquim com cócegas assim...” (2016) e “Ao fundo da minha rua… 3 contos” (2017), ambos editados pela Letras & Coisas. Em 2020, viu lançado o seu primeiro trabalho literário para o público adulto, intitulado “Traço contínuo”, publicado pela Editorial Novembro. Participa regularmente na Revista Cultural | Orpheu Paredes e é, também, voluntário na CULTIV – Associação de Ideias para a Cultura e Cidadania, promovendo e mediando diversas iniciativas de inclusão através da leitura e da arte em estabelecimentos prisionais e instituições de cariz social.
Raquel Raposo
Naturalmente terceirense desde 1989, formou-se em Teatro e Educação em Coimbra para poder disseminar a magia do teatro e das artes performativas através da formação, da representação e da direção de atores, desenvolvendo trabalho em Coimbra, Porto e Terceira. Após algum período decidiu formar-se em Direção de Cena e Produção de Teatro no Porto facultando-lhe uma perspetiva geral do Fazer Teatro em todos os sentidos ( Ópera, Teatro, Festivais de Artes de Rua e de Música). Com toda a paixão quer fazer chegar a todos esta arte que se quer sempre pura, Total, refrescante, exigente, complexa, altamente libertadora e acima de tudo cristalizadora de consciências.
Sara Leal
Sara Leal nasceu no Porto, cresceu nos Açores, estudou e trabalhou em Lisboa e depois em Nova Iorque.
Regressou às ilhas onde tem desenvolvido trabalho sobretudo no cinema. Autora de uma longa-metragem sobre a Fajã de Santo Cristo, e outra sobre o Carnaval da Ilha Terceira.
Cofundou a produtora Alga Viva, onde realizou uma coleção de filmes sobre autores açorianos, como o filme J.H. Santos Barros – Fazer Versos Dói e, mais recentemente, Álamo Oliveira - Com Perfume e Com Veneno. Faz vídeo-instalação, fotografia, que raramente mostra, e escreve.
The Wants
A banda nova-iorquina de Madison Velding-VanDam, Yasmin Haddad e Jason Gates vai estar em Angra, no dia 14 de Outubro '22. Um som pop-rock hipnótico com um pulsar techno que convida o
arquipélago a dançar a batida e a escutar o que as letras de Velding-VanDam transmitem, com vulnerabilidade, por vezes inesperada e agressiva, e sarcasmo mordaz, numa reflexão da actual geração.
Vasco Pereira Costa
Nasceu em Angra do Heroísmo (1948). Licenciado em Filologia Românica (Fac. Letras, Coimbra). Professor aposentado do ensino secundário e do ensino superior. Doutor Honoris Causa pela Universidade de São José (Macau). Integrou o grupo de trabalho Culture sans frontières para o estudo do turismo cultural das cidades europeias de média dimensão, patrocinado pela D.G.X. da União Europeia. Participou no programa At the Fault Lines, da True and Reconciliation Comission, que reuniu, na Universidade de Cape Town, intelectuais e escritores de todos os continentes. Tem proferido conferências e participado com comunicações sobre temas pedo-didácticos, literários e de gestão das actividades culturais em Portugal, Macau, Espanha, França, Bélgica, Inglaterra, Países Baixos, Irlanda, Estados Unidos da América, Canadá, Venezuela, Brasil, África do Sul, Cabo Verde e Senegal. Tem estado envolvido em diversas acções e programas de dinamização cultural, nomeadamente, na Rádio, no Teatro, na Televisão e na área das Artes Plásticas. Foi redactor do Jornal de Coimbra. Tem colaboração sobre temas pedagógicos, literários e culturais dispersa por vários jornais e revistas. Foi director do Departamento de Cultura, Turismo e Espaços Verdes da Câmara Municipal de Coimbra de 1991 a 2001. Foi Cônsul Honorário de França em Coimbra. Entre Setembro de 2001 e Novembro de 2008, exerceu o cargo de Director Regional da Cultura do Governo dos Açores. Foi Conselheiro Nacional da UNESCO entre 2004 e 2008. Integrou o Conselho Directivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e, actualmente, é presidente da Assembleia Geral da Alliance Française e vice-presidente da Assembleia Geral do Instituto Açoriano de Cultura. Escritor, publicou as seguintes obras: Nas Escadas do Império (contos, 1978); Amanhece a Cidade (novela, 1979); Venho cá mandado do Senhor Espírito Santo (memória, 1980), Ilhíada (poemas, 1981); Plantador de Palavras/Vendedor de Lérias (contos – Prémio Literário Miguel Torga, 1984); Memória Breve (contos, 1987); Riscos de Marear (poemas, 1992); Sobre-ripas/Sobre-rimas (poemas, 1994); Terras (poemas, 1998); My Californian Friends (poemas, 1999; edição bilingue, 2010 – ed. Palimage); O Fogo Oculto (poemas , 2011) ; Ilhíada - antes e depois (Poesia 1972-2012, 2013); Campo (Poesia 2018). Poemas seus estão traduzidos e publicados, designadamente, em inglês, francês e búlgaro. Os Nós do Tempo, que agora a Palimage edita, sinaliza cinquenta anos de actividade literária (revista Vértice – Coimbra, 1972) tem um prefácio de António Pedro Pita e é acompanhado por um opúsculo do conto inédito: O Maestro, o Poeta e o Menino de sua Mãe (Prémio Aquilino Ribeiro, 1985).